Hamas aceita possibilidade de trégua prolongada em Gaza, mas rejeita desarmamento, diz autoridade

Hamas se mostra aberto a trégua de longo prazo em Gaza, mas recusa desarmamento, diz autoridade O Hamas sinalizou neste sábado (26) estar disposto a aceitar uma trégua de vários anos com Israel em Gaza, mas descartou qualquer possibilidade de desarmamento, enquanto seus líderes participam de negociações de cessar-fogo no Cairo, capital do Egito. Fontes próximas às tratativas disseram à Reuters que o grupo islâmico palestino busca apoio dos mediadores para uma proposta que prevê uma trégua de cinco a sete anos, em troca do fim da guerra, da reconstrução de Gaza, da libertação de prisioneiros palestinos e da soltura de todos os reféns. "Não rejeitamos a ideia de uma trégua ou sua duração e estamos prontos para discuti-la no contexto das negociações. Estamos abertos a qualquer proposta séria que encerre a guerra", afirmou Taher Al-Nono, assessor de imprensa da liderança do Hamas, no primeiro sinal claro de disposição do grupo para um acordo de cessar-fogo duradouro. Por outro lado, Nono rejeitou uma exigência central de Israel: a desmilitarização da Faixa de Gaza. "As armas da resistência não estão em negociação e permanecerão em nossas mãos enquanto houver ocupação", declarou. Embora a carta fundadora do Hamas pregue a destruição de Israel, o grupo já indicou anteriormente a possibilidade de aceitar uma trégua prolongada em troca do fim da ocupação israelense. Israel retomou sua ofensiva militar em Gaza no dia 18 de março, após o fracasso de um cessar-fogo em janeiro, e promete manter a pressão até a libertação dos reféns ainda em poder do Hamas — estima-se que até 24 estejam vivos.