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FMI destaca que o Brasil enfrenta um “grande desafio fiscal”
FMI destaca forte desafio fiscal para o Brasil e prevê alta da dívida pública O diretor do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Valdés, afirmou nesta sexta-feira (25) que o Brasil enfrenta um “desafio fiscal muito forte” e destacou a necessidade de novas medidas para conter o avanço da dívida pública. Em entrevista coletiva, Valdés ressaltou que, embora o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteja tomando ações para estabilizar a dívida, ainda há dúvidas sobre se novos esforços serão anunciados. “O Brasil tem um desafio fiscal muito forte, e eles estão tomando medidas para estabilizar a dívida, mas a discussão que temos com eles é se teremos mais ações nesta direção”, afirmou. As projeções do FMI indicam que a dívida pública brasileira, que deve representar 87,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, poderá subir para 92% já neste ano. Ao final do mandato de Lula, em 2026, o endividamento pode atingir 96% do PIB, o maior nível desde 2020. “Muitos países verão seus índices de dívida retornarem aos picos registrados durante a pandemia da covid-19”, alertou Valdés. O diretor do FMI também frisou a importância de o Brasil alcançar a meta de superávit primário em 2024. Sobre a política monetária, elogiou a atuação do Banco Central, que vem mantendo uma postura “rigorosa” para trazer a inflação de volta à meta de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. “Dadas as incertezas atuais, é fundamental que os bancos centrais reforcem o compromisso com sua independência”, pontuou. Projeções para a economia brasileira Valdés também antecipou uma “desaceleração relevante” da economia brasileira em 2025, reflexo das políticas econômicas mais restritivas. O FMI revisou a expectativa de crescimento do PIB para 2,0% no próximo ano, uma queda de 0,2 ponto percentual em relação à última previsão feita em janeiro. Em 2023, o Brasil havia registrado uma expansão de 3,4%. A revisão acompanha o cenário global de desaceleração, agravado pelos efeitos da guerra comercial. Para a América Latina, o FMI prevê impactos variados: enquanto o México pode enfrentar uma recessão, Argentina e Equador devem apresentar “importante recuperação” econômica.
4/26/20251 min read
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