Cartão de crédito mais caro: entenda o que muda com o novo IOF

Alíquota para operações com cartão de crédito e débito internacional subiu de 3,38% para 3,5% com as medidas anunciadas

5/23/20252 min ler

O Ministério da Fazenda anunciou na última quinta-feira (22) o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com mudanças na alíquota para operações com cartão de crédito e débito internacional. A taxa, que era de 3,38% em 2025 e tinha previsão de redução gradual até zerar em 2028, subiu para 3,5%.

A expectativa inicial do governo era aumentar a arrecadação em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026, visando uniformizar as alíquotas, evitar distorções e contribuir para a estabilidade cambial. Porém, após forte reação negativa do mercado financeiro, parte das medidas foi revista.

O Ministério da Fazenda comunicou no X que manteve a alíquota zero para investimentos de fundos nacionais no exterior, que havia sido alterada para 3,5%. Também foi confirmado que remessas feitas por pessoas físicas para investimentos fora do país continuarão com IOF de 1,1%, sem mudanças.

Além disso, a equipe econômica anunciou um congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025, dividido entre bloqueio de R$ 10,6 bilhões e contingenciamento de R$ 20,7 bilhões, para cumprir o arcabouço fiscal.

Principais medidas anunciadas:

  • Aportes em seguros de vida: IOF de 5% sobre aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos com cobertura por sobrevivência;

  • Cooperativas de crédito: operações acima de R$ 100 milhões ao ano passam a ser tributadas como empresas comuns;

  • Crédito para empresas: alíquotas ajustadas para empresas em geral e as do Simples Nacional (detalhes não divulgados).

Itens que seguem isentos ou com alíquota zero no IOF Câmbio:

  • Importação e exportação;

  • Remessa de dividendos e juros para investidores estrangeiros;

  • Cartões de crédito e débito de entidades públicas e turistas estrangeiros;

  • Recursos de investidores estrangeiros;

  • Transporte aéreo internacional;

  • Operações interbancárias e outras específicas.

O governo afirma que as medidas buscam alinhar política fiscal e monetária, fechar brechas de evasão e uniformizar a tributação sobre operações financeiras. Com o recuo parcial, ainda não há estimativa atualizada para a arrecadação gerada pelas mudanças.